OSTEOPOROSE

Com o aumento da expectativa de vida que vem ocorrendo nos últimos anos, algumas doenças que antigamente não eram muito conhecidas tornaram-se cada vez mais presentes e discutidas no nosso dia-a-dia,  esse é o caso da OSTEOPOROSE e da OSTEOPENIA.

Muitas pessoas tem uma idéia de que a osteoporose e a osteopenia são a mesma coisa,  ou que a osteoporose é um estágio mais grave da osteopenia, mas não é bem assim. Para explicar a diferença entre elas é preciso entender que o osso é um tecido vivo em nosso organismo e que nele existem células que depositam cálcio e células que retiram cálcio dos óssos, gerando um equilíbrio. Quando ocorre um desbalanço nesse equilíbrio sendo que se retira mais cálcio dos óssos do que se coloca, ocorre a osteopenia.

A osteopenia é o nome técnico que nós damos para qualquer diminuição da massa óssea e que pode ocorrer por diversas causas. O envelhecimento, os distúrbios hormonais, as deficiências alimentares e algumas doenças podem causar osteopenia.  Já a osteoporose é um tipo específico de osteopenia que ocorre quando há uma prejuízo na capacidade de se depositar cálcio no osso, ou seja, as células que depositam o cálcio nos ossos estão doentes e trabalham menos. Assim, perde-se o equilíbrio de deposição e retirada de cálcio gerando uma perda patológica de massa óssea.

Muita atenção é dada para a osteoporose nas mulheres pois ela afeta até um terço das mulheres na pós menopausa e é a segunda doença osteometabólica mais prevalente no mundo desenvolvido. Porém é preciso comentar que cada vez mais está ocorrendo o diagnóstico de osteoporose também em homens, sendo portanto um assunto de interesse para ambos os sexos.

A osteopenia e a osteoporose são doenças silenciosas e devem ser investigadas pelo seu médico, sendo que a principal complicação é a suceptibilidade à fraturas nos ossos, o que pode ser potencialmente grave. Alguns fatores de risco como tabagismo, baixo peso, uso de glicocorticóides, história de fratura na vida adulta, menopausa e idade avançada são sinais de alarme para uma avaliação mais detalhada. Geralmente essa investigação é feita com exames laboratoriais e com a densitometria óssea.

A principal ação que se deve tomar para prevenir a osteopenia e a osteoporose são os cuidados com a nutrição e a prática frequente de atividades físicas. Sabe-se que a ingestão de cálcio e vitamina D são importantes para formação do nosso esqueleto durante o crescimento e que a suplementação desses nutrientes mostraram redução da perda óssea em idosos. Alguns cuidados devem ser tomados com a alimentação pois a presença em excesso de oxalatos nas frutas e vegetais, de fitatos nos cereais e farinhas, assim como a deficiência de vitamina D dificultam a absorção adequada de cálcio. Já o excesso de sódio, proteínas e o uso de medicamentos diuréticos aumentam a excreção renal de cálcio, piorando o seu balanço no organismo. As carnes e os alimentos industrializados como congelados, enlatados e refrigerantes apresentam grande quantidade de fosfatos que formam cristais de cálcio no lúmen intestinal dificultando a absorção de cálcio. Já a prática de atividades físicas, além de promover ganho de massa muscular contribuindo para a prevenção de quedas, também atua na redução da perda de massa óssea. Cuidados específicos devem ser tomados caso a caso e uma avaliação individualizada é fundamental para indicar o melhor exercício físico para cada paciente. Para os pacientes que já tem o diagnóstico de osteoporose estabelecido, além das medidas preventivas acimas descritas, indica-se a terapia farmacológica, sendo vários os protocolos e fármacos existentes.

Portanto, o conhecimento sobre essas doenças e a avaliação médica especializada com os exames necessários é a melhor maneira de se prevenir dessas doenças e manter a saúde óssea em dia, para que possamos desfrutar de uma melhor qualidade de vida e bem estar.

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